Tratamento cirúrgico de peri-implantite. Uma revisão da literatura
DOI:
https://doi.org/10.46875/jmd.v11i1.637Palavras-chave:
Peri-implantite, Implantes dentários, MucositeResumo
A mucosite e a peri-implantite são as complicações associadas a implantodontia e quanto antes o diagnóstico e tratamento forem feitos maior são as chances de sucesso. Os tratamentos são divididos em não cirúrgicos e cirúrgicos e visam interromper a doença, prevenir a perda óssea e a perda do implante. Esta revisão de literatura objetivou descrever as abordagens para tratar doenças peri-implantar de forma cirúrgica. O tratamento não cirúrgico é utilizado com mais sucesso na mucosite e envolve o desbridamento mecânico, uso de antissépticos e antibióticos. A terapia cirúrgica é reservada para defeitos de peri-implantite com perda óssea ao redor do implante. Envolve terapia regenerativa ou resectiva após desbridamento mecânico e atibioticoterapia. A terapia ressectiva objetiva reduzir a profundidade da bolsa utilizando osteoplastia ou ostectomia, correção do defeito ósseo e permitir melhor adaptação do retalho. A terapia regenerativa utiliza enxertos ósseos, com ou sem membranas, ou apenas membrana podendo ainda utilizar agentes biológicos, como fatores de crescimento. Esta revisão confirma que a peri-implantite pode ser tratada com sucesso utilizando tratamentos cirúrgicos. Não há um único tratamento, mas a associação de tratamentos cirúrgicos e não cirúrgicos tem melhor resultado. A terapia não cirúrgica deve ser realizada antes de qualquer intervenção cirúrgica, porém quando há perda óssea tratamentos cirúrgicos apresentaram melhores resultados. Não há indicação do melhor material ósseo de substituição ou sobre vantagens de uso de membranas, nem sobre a obrigatoriedade da implantoplastia. O protocolo CIST pode ser utilizado como um guia para tratamento de peri-implantite.